Tributar crédito ao consumo para diminuir as importações
O economista Silva Lopes considera que o corte das despesas em Portugal tem de ser feito nos produtos mais traduzíveis em importações, pelo que sugeriu tributar fortemente o crédito ao consumo.
Segundo o economista, é preciso aumentar alguns impostos especiais, nomeadamente tributar mais decisivamente o crédito ao consumo, com vista a penalizado e torná-lo menos acessível.
Silva Lopes fez estas declarações na Faculdade de Direito de Lisboa, em conferência organizada pelo Instituto de Direito Económico Financeiro e Fiscal, sob o tema Novas vestes da União Europeia.Silva Lopes foi mais além é concretizou os motivos da sua sugestão: um acréscimo na tributação libertaria nais dinheiro para os bancos o poderem emprestar às empresas, a quem actualmente estão a negar crédito.
Mas as vantagens não ficariam por aqui, esta medida não só poderia incentivar a concessão de crédito às empresas, mas também faria com que as importações fossem de alguma maneira limitadas, pois o crédito ao consumo é usado geralmente para a aquisição de produtos que exigem importação, e não produtos produzidos no País.
Para o economista, a prioridade portuguesa deveria ser a tomada de medidas tendentes a limitarem as importações na procura interna, apontando precisamente o caso da aquisição de um automóvel, onde aproximadamente oitenta por cento do valor deste escapa para fora do país.
Mesmo quando vamos almoçar ou jantar a um restaurante estamos a enviar dinheiro para fora para pagar o açúcar da limonada, ironizou o economista. A principal razão para a medida sugerida é o facto do mercado de crédito estar quase fechado para Portugal.
– Lá fora ninguém nos empresta dinheiro. O crédito externo está seco. Acabou-se.
Lembre-se que qualquer que seja a finalidade a dar ao seu crédito pessoal, o melhor instrumento para conseguir o financiamento mais em conta é realizar uma simulação de crédito pessoal.