Euribor a 6 e 12 meses sobem: Impacto nos empréstimos para comprar casa

Euribor a 6 e 12 meses sobem: Impacto nos empréstimos para comprar casa

As taxas Euribor a seis e a 12 meses, que têm grande influência nos empréstimos para compra de casa em Portugal, registaram uma subida no início desta semana, invertendo a tendência da última sexta-feira. Em contraste, a Euribor a três meses manteve a sua trajetória descendente. Esta variação das taxas Euribor é particularmente relevante para os titulares de empréstimos, já que a maioria dos contratos de crédito à habitação no país utiliza a Euribor como referência.

Euribor a 6 e 12 meses sobem: Impacto nos empréstimos para comprar casa

No caso da Euribor a três meses, a descida foi de 0,002 pontos, situando-se agora em 3,523%. Apesar desta queda, a taxa continua acima das Euribor a seis e a 12 meses. Esta situação é significativa para os empréstimos indexados a prazos mais curtos, uma vez que a taxa aplicada influencia diretamente o valor das prestações mensais dos contratos de crédito.

Euribor a seis meses lidera no crédito habitação

A Euribor a seis meses, que recentemente se tornou a mais utilizada em Portugal para créditos à habitação com taxa variável, subiu 0,019 pontos para 3,401%. Em janeiro, este prazo ultrapassou os 4%, mantendo-se acima desse valor entre setembro e dezembro do ano passado. A recente subida segue-se a um período de descida, com o ponto mais baixo registado a 16 de agosto, quando a taxa desceu para 3,367%, o seu valor mais baixo desde abril de 2023.

Segundo dados do Banco de Portugal (BdP), em junho, a Euribor a seis meses representava 37,5% dos empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Este facto sublinha a importância desta taxa para os consumidores portugueses, que devem estar atentos às suas oscilações para gerir melhor os seus compromissos financeiros.

Variações na Euribor a 12 meses e impacto no crédito habitação

A Euribor a 12 meses também registou uma subida de 0,014 pontos, fixando-se em 3,116%. Esta taxa é igualmente relevante para um grande número de contratos de crédito em Portugal, sendo a segunda mais utilizada para empréstimos à habitação. No ano passado, a Euribor a 12 meses esteve acima dos 4% entre junho e novembro, o que teve um impacto significativo nas prestações de muitos portugueses.

O comportamento recente da Euribor a 12 meses reflete as expectativas do mercado em relação às decisões futuras do Banco Central Europeu (BCE). Os analistas prevêem que as taxas Euribor se estabilizem em torno dos 3% até ao final do ano, o que poderá trazer algum alívio aos titulares de empréstimos, embora ainda com alguma incerteza devido às decisões do BCE.

Influência das decisões do Banco Central Europeu

As variações nas taxas Euribor estão intrinsecamente ligadas às decisões do BCE. Em 18 de julho, o BCE decidiu manter as taxas de juro diretoras, uma medida que refletiu a cautela da instituição perante o contexto económico atual. Christine Lagarde, presidente do BCE, afirmou que as decisões futuras dependem dos dados económicos que vierem a ser divulgados. Esta incerteza tem levado a flutuações nas taxas Euribor, afetando os empréstimos a nível europeu.

A análise dos últimos meses mostra uma descida generalizada das taxas Euribor em julho, embora mais acentuada nos prazos mais longos. A média da Euribor a três, seis e 12 meses desceu, mas o comportamento das taxas em agosto revela que o mercado continua volátil. Os bancos da Zona Euro, ao definirem as taxas Euribor, têm em conta vários fatores, incluindo as expectativas sobre as decisões do BCE e o estado geral da economia.

Gestão de crédito habitação num contexto de variação das Euribor

Para os consumidores, é essencial acompanhar as variações das taxas Euribor, especialmente aqueles que possuem empréstimos indexados a estas taxas. A gestão eficaz dos empréstimos depende da capacidade de prever e adaptar-se às flutuações das Euribor. Optar por taxas fixas pode ser uma alternativa para aqueles que preferem estabilidade nas suas prestações, mas a escolha entre taxa fixa e variável deve ser feita com base numa análise cuidadosa das tendências do mercado e das condições financeiras pessoais.

No atual cenário económico, onde as taxas Euribor continuam a oscilar, a compreensão e monitorização destas taxas são cruciais para tomar decisões informadas sobre empréstimos e gestão financeira.

 
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