Euribor em queda histórica reduz prestação da casa até 80 euros

A maior queda das taxas Euribor em 15 anos irá resultar numa redução significativa da prestação do crédito habitação no próximo mês. Os contratos de crédito à habitação, cujas condições forem atualizadas em setembro, poderão beneficiar de uma descida até 80 euros na mensalidade. Esta descida é motivada por vários fatores, incluindo o abrandamento das pressões inflacionistas e o ajuste nas políticas monetárias dos bancos centrais. Com a Reserva Federal dos EUA e o Banco Central Europeu (BCE) a avaliarem cortes nas taxas de juro, prevê-se um alívio financeiro para muitas famílias portuguesas com empréstimos à habitação. Veja tudo sobre o crédito habitação

credito_habitacao_1 Euribor em queda histórica reduz prestação da casa até 80 euros

A Euribor, que serve de base para o cálculo da prestação do crédito à habitação, tem registado descidas acentuadas. Em particular, a Euribor a seis e a 12 meses, que durante os últimos dois anos atingiram máximos de 15 anos, mostram agora sinais de recuperação para valores mais baixos, o que irá refletir-se diretamente nas prestações mensais das famílias.

Euribor em queda livre: impacto direto na prestação da casa

As taxas Euribor a três, seis e 12 meses registaram descidas notáveis em agosto, o que irá traduzir-se numa redução substancial das prestações dos créditos à habitação. Para um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos, com um spread de 1%, a redução nas prestações será significativa. A prestação com a Euribor a três meses irá descer cerca de 23,69 euros, com a Euribor a seis meses a descida será de 42,56 euros, e com a Euribor a 12 meses a redução pode chegar a 80,95 euros.

Este alívio financeiro é especialmente bem-vindo após dois anos de forte subida das taxas Euribor, que penalizou muitas famílias. A maioria dos contratos de crédito à habitação em Portugal está indexada a estas taxas variáveis, pelo que a descida atual representa uma oportunidade para melhorar a gestão do orçamento familiar.

A política monetária e o seu efeito na Euribor

O Banco Central Europeu (BCE) tem desempenhado um papel central na evolução das taxas Euribor. Após um ciclo de aumentos, o BCE decidiu, em julho, manter as taxas de juro inalteradas, mas com a possibilidade de novas descidas. O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, afirmou que a decisão sobre um novo corte em setembro será “fácil”, tendo em conta os indicadores económicos da Zona Euro. Esta expectativa de cortes nas taxas de referência aumenta a possibilidade de novas quedas na Euribor, aliviando ainda mais as prestações dos empréstimos.

Nos EUA, a Reserva Federal também está a ponderar um corte nas taxas de juro, o que poderá reforçar a tendência de descida das taxas de juro globais e, consequentemente, da Euribor. Se estas decisões se concretizarem, é provável que a descida das prestações dos créditos à habitação se prolongue até 2025, oferecendo maior estabilidade financeira às famílias.

Simulações de crédito à habitação: quanto poderá poupar?

A descida das taxas Euribor terá um impacto direto nas prestações mensais, e as simulações já realizadas indicam poupanças significativas. Para quem tem um crédito à habitação indexado à Euribor a três meses, a prestação mensal poderá cair para 764,49 euros, representando uma poupança de 3,01%. No caso da Euribor a seis meses, a prestação poderá descer para 753,62 euros, o que representa uma redução de 5,53%. Para quem tem a Euribor a 12 meses, a poupança será ainda maior, com a prestação a cair para 730,9 euros, o que corresponde a uma redução de 9,97%.

Estes números sublinham a importância de acompanhar a evolução das taxas Euribor e realizar simulações regulares para antecipar o impacto nas prestações. Os consumidores podem utilizar simuladores de crédito online para calcular as suas novas prestações e planear melhor o seu orçamento familiar.

Previsões para as taxas Euribor nos próximos meses

Os contratos forward sobre as Euribor a três e seis meses indicam que as taxas deverão continuar a descer até 2025, estabilizando entre 2,2% e 2,25%. Esta descida gradual representa uma oportunidade para as famílias portuguesas reorganizarem as suas finanças – façam Simulações – aproveitando o alívio nas prestações do crédito à habitação. No entanto, é importante estar atento à evolução económica global, pois qualquer alteração nas políticas monetárias dos principais bancos centrais pode influenciar novamente as taxas Euribor.

Para os próximos meses, a tendência é de maior estabilidade e até de mais descidas, o que proporcionará uma folga financeira para muitas famílias. A descida da Euribor é uma oportunidade para renegociar condições de crédito ou até acelerar o pagamento de empréstimos.

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